sexta-feira, 11 de maio de 2012

Jack Terpin: "Incitar ódio com ateísmo"

No último dia 10, o presidente do Congresso Judaico Latino-Americano, Jack Terpin, publicou o seguinte artigo na seção Tendências/Debates da Folha de São Paulo:



Diálogo pela paz

Antissemitas abandonaram o modelo clássico (incitar o ódio com calúnias, lendas e ateísmo) por ameaças e desejo de apagar a memória coletiva 


O papa Bento 16 vai receber os presidentes das confederações e os líderes do Congresso Judaico Latino-Americano em audiência especial hoje, no Vaticano.

O evento está sendo preparado há meses. Por seu significado, está cercado de expectativa pelos dirigentes comunitários judaicos de todos os países e pelo governo israelense.
Encontros formais do sumo pontífice com judeus têm um caráter excepcional em razão do secular contencioso entre as duas religiões.

No caso, a importância é ainda maior, pois são judeus de uma região onde o papel da Igreja foi grande -a América Latina concentra o maior número de católicos do mundo.

E, em meio a esse mundo de católicos, existe uma comunidade judaica cujos antepassados escolheram a América Latina para sobreviver às perseguições na Europa desde a segunda metade do século 19 e, assim, participar da sua construção e do seu desenvolvimento.

A relação entre judeus e católicos é um exemplo de convivência, de respeito às diferenças e de tolerância. Nossa intenção é aprofundar o trabalho conjunto pela inclusão social e a paz. O entendimento interreligioso que praticamos na América Latina é um fator importante, mas, sozinho, insuficiente para se alcançar a paz em regiões conflagradas.

Sempre lembramos da solidariedade da igreja argentina após o atentado à Associação Mutual Israelita Argentina, em Buenos Aires, nos anos 1980, que matou 87 pessoas.

Nossa mensagem ao papa é a crença numa sociedade plural, com respeito à diversidade, contrária à intolerância e a qualquer discriminação -e contrária, claro, às formas sofisticadas de antissemitismo caracterizadas por manifestações contra Israel e por comparações de dirigentes israelenses com Hitler, feitas por antissemitas disfarçados de antissionistas, em uma evidente projeção do seu subconsciente. 

Com os modernos meios de comunicação, esses antissemitas abandonaram os modelos clássicos, na forma de ações violentas alimentadas por denúncias, calúnias, mal-entendidos, lendas, ateísmo e o que fosse capaz de incitar ao ódio. 
É sabido que alguns países não tratam a vida humana como algo sagrado, não adotam a democracia como princípio e não consideram a liberdade um direito.
Nesses países, prevalece o segredo e o silêncio, longe dos cidadãos e do mundo. Esses segredos, escondidos pelo silêncio e pelo medo, serão conhecidos bem depois, já transformados em fatos consumados.

Enquanto isso, deformam-se as verdades, nega-se o direito de negar e, mesmo quando as pessoas abrem os olhos, continuam no escuro.

Nas regiões sem o exitoso diálogo interreligioso que judeus e católicos têm na América Latina (abençoado por suas lideranças religiosas), os dirigentes políticos transformam o púlpito onde discursam em rampas de foguetes ameaçadores para destruir Israel e atirar os judeus ao mar.
São dirigentes que também negam o Holocausto e ironizam os seus 6 milhões de judeus mortos.
Com esses discursos, pretendem promover uma espécie de erosão coletiva da memória dos concidadãos e, assim, levar as atuais e as futuras gerações a esquecer o presente.

É contra isso que a igreja deve aprofundar sua luta, mostrando como o exemplo da América Latina, onde os judeus convivem pacífica e harmoniosamente com todos, pode se reproduzir no resto do mundo. 



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sábado, 5 de maio de 2012

"o egoísmo, o orgulho e o ateísmo são os causadores de todos os males que afligem a humanidade"

Eis a íntegra do artigo publicado no dia 5 de maio no Jornal do Comércio de Franca:



Suicídio e família
No dizer do espírito André Luiz, pela psicografia de Chico Xavier, ‘a casa é feita de pedra e o lar é feito de amor’. Portanto, é o amor que deve presidir a vida no lar. É pelo amor que garantimos a formação do caráter dos nossos filhos.
Como são espíritos que já jornadearam por inumeráveis vidas, em diversificadas situações e circunstâncias, trazem consigo a bagagem evolutiva que lhes é própria, à qual cabem aos pais acrescentarem a sua participação através de ensinamentos e exemplos, sobretudo combatendo-lhes o egoísmo, o orgulho e o ateísmo que são os causadores de todos os males que afligem a humanidade. Todos os pais se apressam em vacinar seus filhos contra moléstias que poderiam acometê-los no corpo físico, mas, com relação à saúde do espírito, raros são os que lhes aplicam a vacina moral da religiosidade que os livraria da loucura, da obsessão, do crime...
Não falamos, aqui, de religião formal, de frequência a cultos exteriores. Falamos da religiosidade que deve ser incutida pelos pais na mente ainda infantil, sobretudo pelo exemplo, mostrando respeito a Deus, à Sua criação, à natureza, dispensário dos recursos a nos atender os anseios do espírito em busca da verdadeira felicidade. Que ensinem não dever o culto a Deus ser trocado pelo culto ao ‘bezerro de ouro do consumismo”. Não deixá-los supor que a felicidade está na posse de pessoas ou de bens materiais, nem na ocupação de postos nas hierarquias do mundo. Exemplificar-lhes a vivência da humildade e da caridade, como meios eficazes de se instalar a paz interior. Evidenciar-lhes que as profissões não são o mais importante, mas que o importante é o uso que delas fazemos.
É óbvio que, muitas vezes, recebe-se no lar espíritos que, mais do que os familiares, carregam consigo pesados compromissos morais de vidas transatas, a exigirem dos pais proteção e orientação no sentido de, também eles, encaminharem-se no rumo da redenção de um passado infeliz. Que façam os pais a sua parte, ainda que se sintam fracassar na tentativa de melhorá-los convenientemente, julgando haver cumprido apenas parte da tarefa. Não importa. Se agiram conscientes do bem, a semente foi lançada e um espírito imortal terá sido beneficiado com a ideia da necessidade de se autotransformar.
Portanto, façamos da família um autêntico santuário de amor para que os filhos compreendam a grandeza da oportunidade reencarnatória que lhes é concedida e saibam fugir do materialismo, mas não do corpo material, que lhes representa sublimado instrumento do espírito em evolução. Que se libertem do materialismo escravizante, o grande vilão na deserção da vida pelas portas do suicídio.
Felipe Salomão
Bacharel em Ciências Sociais, diretor do Instituto de Divulgação Espírita de Franca

http://www.gcn.net.br/jornal/index.php?CMRD=1&codigo=169850&codigo_categoria=18

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