terça-feira, 27 de dezembro de 2011

"Sem fé, perdemos a coragem de enfrentar as dificuldades e lutar por um mundo melhor", diz artigo para crianças

Leiam abaixo a íntegra do artigo "Todos podem ser amigos de Deus", publicado no último natal no "Diarinho", o suplemento infantil do jornal Diário do Grande ABC:


Todos podem ser amigos de Deus

Juliana Ravelli 
Do Diário do Grande ABC


Não importa se sua religião celebra o Natal ou outra festa. Deus é um só. Ama a todos igualmente e pode ser amigo de qualquer um. Não existe única maneira de se comunicar com Ele; oração, pensamento e até conversa valem. E pode acreditar, vale a pena tentar se aproximar mais Dele. Gabriella Rodrigues Vieira, 9 anos, de Santo André, fica feliz ao rezar todas as noites ajoelhada ao lado da cama. Católica, agradece por ir bem na escola e sempre pede que a família tenha saúde.
Raquel Lumena de Sá, 6, de Santo André, também ora antes de dormir e nos momentos de dificuldade. "Digo para Deus aliviar a dor quando estou machucada e cuidar dos meus amigos", diz a menina, que frequenta a Igreja Presbiteriana. Já o umbandista Felipe Marques Rodrigo, 9, de São Bernardo, gosta de conversar com Deus em frente ao congar (altar da umbanda). "Fico falando sobre a minha vida, geralmente conto segredos."
Além de diferentes modos, é possivel se comunicar com Deus em vários lugares: casa, igreja, centro, templo, mesquita, sinagoga e terreiro. "Sinto que Ele sempre me escuta", garante Rafaella Donati Macena, 10, de São Bernardo, que segue o espiritismo kardecista.
A gente também pode falar em qualquer idioma, já que Ele entende todos. Por ser muçulmana, Leila Ahmad Jarouche, 7, de São Bernardo, aprende as rezas do Alcorão em árabe. Nathan Reis Soares, 10, de São Caetano, decora os mantras do budismo em tibetano. E Felipe Krakauer, 11, de Santo André, fez aulas de hebraico para entender o Torá (livro sagrado dos judeus).
O bacana é que não precisa ter medo de Deus. Por meio do contato com Ele, vamos alimentando nossa fé, sentimento que nos faz acreditar que a vida é linda. Sem fé, perdemos a coragem de enfrentar as dificuldades e lutar por um mundo melhor.
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Ora, e como ficam os politeístas, os animistas, os deístas, os pagãos? A matéria exala desconhecimento por entender que nada existe no mundo da religião além do monoteísmo ocidental - incluído o erro grosseiro de que o budismo é teísta e que os mantras têm algo a ver com divindades. É particularmente insultuoso para com os ateus, pois diz que não temos coragem de enfrentar divindades e lutar por um mundo melhor.

Enviem seus comentários através do link Comente, na página do artigo, e também através dos contatos abaixo:


quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Suicídio após leitura da bíblia seria 'falta de deus'

O site primeirahoranoticias publicou hoje a matéria Homem comete suicídio tomando veneno em Comunidade Rural de Juara, reproduzida abaixo:

Para muitos, isso seria apenas a falta de Deus, mas um fato no entanto macabro acabou acontecendo na comunidade de Águas Claras à 32km de Juara     Na manhã desta terça-feira dia 18 de outubro o senhor Ivanoel Corrêa da Silva, 38 anos morreu após ingerir uma certa quantidade de veneno e morrer em sua cama ao lado de uma bíblia.     Seria apenas mais um fato a explicar se não fosse também pela morte de sua esposa no dia 12 de fevereiro deste ano, quando Merian de Souza Filha Barros 36 anos esposa de Ivanoel foi encontrada morta dentro do banheiro da própria casa com um disparo de arma de fogo em seu crânio.  Possivelmente também suicídio, já que a arma estava junto ao corpo, e o marido alegou na época que estaria trabalhando em sua propriedade cuidando de seu rebanho bovino.     O fato,  é que a Evanoel parecia ter se preparado para cometer este suicídio, uma vez que primeiro, ainda de manhã cumpriu com sua obrigações em seu sitio e depois foi para sua casa, deitou em sua cama, aparentemente leu a bíblia que estava no local onde dormia a esposa falecida, e depois tomou o veneno.   
O Casal deixa três crianças.

O uso de "para muitos", supostamente eximindo o jornalista da autoria da opinião, é inócuo. Os interessados em se manifestar podem deixar sua opinião em http://www.primeirahoranoticias.com.br/contato, enviar email para contato@primeirahoranoticias.com.br ou msn para primeirahoranoticias@hotmail.com.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

"Mata-se ainda pela falta de Deus em suas vidas"

Vai abaixo a íntegra do texto "Falência do Poder", do jornalista e escritor Geraldo Menezes Barbosa, publicado em 14 de outubro de 2011 no site do Diário do Nordeste (e presumivelmente na versão impressa também):

No ser humano, toda ideia inicial de assassinar o próximo nasce do egoísmo ferido, desvios mentais inatos ou adquiridos por reações endócrinas. Mata-se ainda pela falta de Deus em suas vidas, onde falhou a educação na família. O Brasil, rotulado de terceiro mundo, comporta-se neste terceiro milênio como um dos campeões de assassinatos, onde predominam as vítimas jovens, envolvidas em ondas de narcotráfico. Segue-se o abuso de poder dos déspotas políticos e econômicos, capazes de fragilizar a dignidade da justiça com ameaças ou subornos e manter grupos de extermínio dentro das corporações de segurança, orientados para execuções sumárias de autoridades judiciárias, e combater, ao mesmo tempo, quadrilhas paralelas, na senda do crime organizado. O assassinato da juíza, no sul do País, anunciado com aviso prévio, e a audácia dos oficiais policiais que cuidaram em fuzilá-la com requintes de poder destruidor, revelou a chocante mensagem ao mundo de que, no Brasil, as leis e a justiça podem ser descartáveis pelos poderosos. Em que perspectiva de segurança pode-se classificar a atual sociedade organizada do País, sob a responsabilidade dos Três Poderes, numa oportunidade em que, mais uma vez, são desmascarados os inimigos dentro das nossas repartições públicas, regidas por leis caolhas e inseguras? O último aditivo na legislação criminal substitui a sentença do réu, condenado a pena de quatro anos e meio de prisão, pela liberdade condicional mediante fiança no valor arbitrado pelo delegado de polícia de plantão. Abertura à criminalidade.
Predomina a inanição de ânimo no Congresso Nacional em favor das reformas legislativas. Elas exigem um pouco mais de trabalho, senso patriótico e amor ao País. A maioria dos nossos congressistas demonstra uma crônica exaustão.
O Brasil tem involuído no setor judiciário, carente de leis atualizadas. Permanece a negligência na execução dos mandatos. Percebe-se a ausência de um aparelhamento que moralize e promova a execução de suas decisões. Até quando?
As leis de um país são sua espinha dorsal. Retilíneas. Firmes.


Envie HOJE seus comentários ao jornal, através dos endereços centraldeatendimento@diariodonordeste.com.br, aloredacao@diariodonordeste.com.br, http://twitter.com/diarioonlinehttp://www.facebook.com/diariodonordeste e http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=95659965.

"Todo ateu foi abusado sexualmente, nunca é honesto e inteligente"

Leiam abaixo o texto "Contra o ateísmo militante", de João Emiliano Martins Neto:


Comentário meu na blogosfera (http : / /libertatum.blogspot. com/2011 /10/ censuras- virtuais. html )  Ateísmo militante é burrice e amoralismo militante. Não que eu saiba em que pé estão os estudos acerca da existência de Deus, porém, sei por experiência própria de que qualquer diálogo inteligente filosófico e científico (teológico, por exemplo, cf. na Bíblia Rm 1:20) vai sempre chegar, por fim, no fato aporético, como se diz em Filosofia, ou seja, incontornável de que Deus existe, mesmo e ponto. 
Acho todo ateu, agnóstico e indiferentes uns no fundo, no fundo em verdade é um bando de traumatizados pela vida: abusados sexualmente na infância ou ingratos e odientos para com o próprio pai (homem), nunca pessoas honestas e inteligentes.
Os interessados podem encontrar o email dele aqui, mas o mais importante é notar que o texto fere as diretrizes do blogger.com:
Incitação ao ódio: queremos que você use o Blogger para expressar suas opiniões, mesmo que elas sejam polêmicas. No entanto, não passe dos limites com a publicação de incitação ao ódio. Por incitação ao ódio, nos referimos a conteúdo que promova ódio ou violência em relação a grupos com base em raça, etnia, religião, deficiência, sexo, idade, status de veterano ou orientação sexual/identidade de gênero. Por exemplo, não escreva um blog dizendo que os membros da raça X são criminosos ou defendendo a violência contra praticantes da religião Y.
Os interessados em denunciar o texto devem clicar no link "Denunciar Abuso", no alto da página do texto original, e escolher "Incitação ao ódio ou à violência".

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Ateus são corruptos e semeiam "desavenças, ódios, discórdia com seus atos e línguas ferinas"

Na seção Gotas de Serenidade, o Jornal de Barretos publicou o artigo O fruto do 'saborear a dor' no dia 5 de outubro, cuja íntegra segue abaixo:

Quem se decide a viver uma vida cristã de verdade, seguir a Jesus, estar com Jesus, certamente topará de frente com a Sua Cruz. Eu já tenho escrito sobre o grande esforço que, juntamente com minha esposa, tenho feito, para sermos bons cristãos.
Quando nos abandonamos nas mãos de Deus é freqüente que Ele nos permita saborear a dor, a solidão, as contrariedades, as calúnias, as difamações, os escarneos, por dentro e por fora, porque quer moldar-nos à Sua imagem e semelhança, e tolera também que nos chamem de loucos e que nos tomem por pessoas que vivem no mundo da fantasia.
Aquele que decide, com todas as fraquezas, ser um autêntico cristão, ser um bravo seguidor de Cristo, experimenta na sua própria carne que aqueles que deveriam amá-Lo, o tratam de uma maneira que vai da desconfiança a hostilidade, da suspeita ao ódio. Olham-no com receio, como a um mentiroso, por não acreditarem que possa haver relação mais intima das pessoas com Deus; uma vida interior. Em contrapartida, com o ateu e com o indiferente, ordinariamente rebeldes e desavergonhados, desfazem-se em amabilidades e compreensão.
Talvez, o Senhor permita que os seus discípulos sejam atacados até com a ama das injúrias pessoais, para esculpir as suas almas, sem deixar de lhes dar serenidade e alegria.
E então acontece o que se vê em todos os setores de nossa sociedade: Quando alguém, o com verdadeiro espírito cristão se dispõe a colaborar para o progresso de uma entidade, o sucesso de um empreendimento, a moralização de um mundo”, de só querer aparecer; é visto como um aproveitador ou então como um outro imoral. E a partir daí são vistas como pessoa que não merecem respeito e que devem ser marginalizadas.
E os ateus e os desavergonhados são cultuados como pessoas de reputação ilibada e continuam com suas vidas corruptas e devassas semeando desavenças, ódios, discórdia com seus atos e línguas ferinas.
A paz e a alegria interior, porém, mais e mais invadem os corações daqueles eu lutam para ser bons cristãos no meio de vivem, pois o próprio Cristo infunde neles a sua força, a sua graça, a sua vida.
Animem-se, pois, bravos seguidores do Senhor Jesus. Animem-se e tenham a certeza da paz e da alegria interior, que o próprio Cristo nos garante e dá.

Deixem suas mensagens HOJE na própria página do artigo, com cópia na página de contatos do jornal, e liguem para a redação no telefone (17) 3324-1000 para expressar sua opinião.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Jornal de Jaú publica texto sobre ateísmo e laicidade

No último dia 19, o jornal Comércio de Jahu publicou um excelente texto sobre ateísmo e laicidade de Estado, que fazemos questão de reproduzir aqui na íntegra.



Ateísmo, religiões e Estado

Ateísmo é a rejeição ou ausência de crença na existência de divindades e outros seres sobrenaturais, porque tidos como fruto da criação humana. Parte do pressuposto de que as convicções religiosas baseadas em livros sagrados como o Alcorão, a Bíblia, os Upanixades e o Talmud não passam de literatura.
A rigor, os ateus se diferem dos religiosos porque não acreditam em quaisquer deuses. Porém, cristãos são ateus em relação ao deus muçulmano ou ao judeu; budistas são ateus em relação ao deus cristão e ao muçulmano, e por aí vai. Logo, todos, sem exceção, são, de alguma forma, ateus. 
O ateísmo parte da constatação de que deuses foram criados em praticamente todas as civilizações e em todas as eras. Primeiramente coisas, depois seres vivos como plantas e animais foram deificados. Depois vieram as divindades com caracteres humanos. Por fim, surgiram as religiões monoteístas (judaísmo, cristianismo, islamismo), que se espalharam pelo mundo ocidental, em contextos históricos diversos. 
A ideia de um deus criador rancoroso, como o cristão, o judeu e o muçulmano, para os ateus não faz sentido à luz da ciência. Somos serem pensantes, habitantes de um planeta maravilhosamente singular, dentro de um universo imenso, onde a figura de um deus, ou de deuses, simplesmente não se ajusta, porque nada explica, apenas complica. 
Ateísmo lida bem com a finitude, pois pensa nesta vida, no mundo real, sem que procure algum "sentido" maior em tudo isso. É o próprio homem que dá sentido a sua vida, por meio de suas ações. E o melhor motor ético do homem é sua própria consciência, baseada no respeito aos demais e à lei do seu país. As coisas são o que são e é melhor viver a paz da descrença que a ilusão de eternidade. 
Sim, os ateus focam sua preocupação não em dogmas, mas no ser humano e na ciência, sem que esta seja considerada infalível. Por isso, ateísmo é humanismo; é libertar-se de medo do sobrenatural; é buscar a compreensão do universo sem apelo ao criacionismo inverossímil. Para o ateu, a fé é uma ficção, uma renúncia à razão, que pode levar a resultados desastrosos.
O ser humano não precisa que livros sagrados prevejam punições (inferno) ou prêmios (céu) para agir bem socialmente, pois, em todos os países, há leis a serem obedecidas. Logo, age com ética aquele que faz o bem por convicção ou por medo de castigo divino? O direito já serve para isso: manter um mínimo de ordem. Basta temer as punições da lei, que aliás são muitas. 
Religiosos ortodoxos e fundamentalistas podem fazer o bom pela caridade, mas estão no cerne das grandes matanças, guerras e perseguições, sobretudo quando a religião é manipulada pela política, como ocorreu na Alemanha Nazista. A história mostra que a obsessão por controlar as mentes dos fiéis, somada ao ódio aos infiéis, configura o pano de fundo de tantas atrocidades. Exemplo maior foi o da Santa Inquisição, que ceifou a vida de milhares, talvez milhões, apenas por pensarem diferente da igreja católica. Exemplo recente foi genocídio praticado pela Sérvia cristã no coração da Europa nos anos 90. Nos dias de hoje, podem ser citadas as punições corporais e aviltamento da mulher (Alcorão), proibição de ateus ocuparem cargos públicos (vários estados dos EUA), o conflito entre Israel e Palestina; a religião é o que tornou possíveis os atentados de 11 de setembro, levando a um abismo entre o ocidente o mundo muçulmano. O que interessa enfatizar é que o mundo de hoje não está livre desse tipo de atrocidades, muito pelo contrário. 
No Brasil, a Constituição de 1988 prevê a liberdade de crença para crentes e descrentes (art. 5º, VI) e a separação entre igrejas e Estado (art. 19), mas isso não está sendo obedecido pelo poder público. Vejo com preocupação o fato de prédios públicos conterem símbolos religiosos (na sala de julgamento do STF, há um crucifixo); o fato de a religião católica ser ensinada nas escolas públicas; a presença de ministros religiosos ocupando cargos públicos; a concordata entre Brasil e Vaticano de 2008; o pagamento de dízimo exagerado pelos pobres; o enriquecimento de igrejas, protegidas pela imunidade injustificável; por fim, a existência de tantos feriados cristãos, como Sexta-feira Santa, dia de Nossa Senhora de Aparecida e Corpus Christi. São exemplos de usurpação do Estado laico pela religião, a despeito das normas, claras, previstas na Constituição. 
Rodrigo Zacharias é juiz federal em Jaú.


Enviem seus comentários hoje mesmo na página do texto e deixem uma cópia no espaço do leitor para que sua carta seja publicada.

sábado, 10 de setembro de 2011

Página 2 do Estadão: "ter fé em deus é bom para a Pátria"

O Estado de S. Paulo publicou hoje em sua página de artigos de opinião, o espaço mais nobre no jornal, um artigo do cardeal-arcebispo de S. Paulo, Odilo Scherer, intitulado "Ter fé em deus é bom para a Pátria?". Eis alguns trechos:

Além de cumprirem os seus deveres cívicos, como os demais cidadãos, as pessoas de fé têm uma contribuição própria a dar para o bem da Pátria. A fé em Deus, bem entendida e manifestada publicamente, com suas convicções traduzidas em antropologia, moral e cultura, pode representar uma contribuição fundamental para o bem comum. Da fé em Deus decorre uma valiosa compreensão da pessoa e sua existência, do mundo e do convívio social, da economia e de todas as atividades humanas. Decorre também um alto conceito de dignidade da pessoa e de seus direitos inalienáveis, bem como um embasamento sólido para práticas de respeito, justiça e honestidade, tão necessárias ao convívio humano e às relações sociais.
[...]Na antropologia cristã, além disso, está presente aquilo que a globalização vai trazendo sempre mais à luz: nossa pertença a uma única família humana, à qual estamos ligados de maneira solidária. Cremos num único Deus e Pai de toda a humanidade; ele quer o bem de todos os filhos e que vivam como irmãos e em paz. Um povo não pode ser indiferente aos outros, nem deixar de se interessar pela sorte sempre mais compartilhada por todos os membros da comunidade humana. Limites territoriais, tradições culturais, diferenças raciais, heranças históricas e interesses econômicos, em vez de contrapostos, deveriam ser cada vez mais conjugados e harmonizados. 
Quando se dá espaço para Deus, também o homem ganha importância; sua dignidade, seus direitos, a liberdade e o sentido de sua vida neste mundo não são diminuídos, mas iluminados e potencializados. A fé em Deus oferece bases sólidas para valores e virtudes que devem nortear o vida humana nas esferas privada e pública. 
Ter fé em Deus e manifestá-la abertamente, indo às suas consequências éticas e culturais, é bom e faz bem à Pátria.


Mande suas cartas hoje a forum@grupoestado.com.br com identificação, endereço e telefone. Sugerimos cópia para falecom.estado@grupoestado.com.br e portal@grupoestado.com.br pedindo direito de resposta à Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Projeto de Lei obriga bíblias em repartições públicas de Manaus

    "Tramita na Câmara Municipal de Manaus o Projeto de Lei (PL) 154/2011, que estabelece aos espaços públicos, inclui-se ai bibliotecas e salas de leitura de escolas, que possuam no mínimo um exemplar da Bíblia. De autoria do vereador da bancada evangélica, Marcel Alexandre (PMDB).

    Reconheço que o Estado é Laico, mas por outro lado, é democrático e também percebo a falta de referências que a sociedade tem sofrido. O uso da Bíblia nesse sentido não é sob o caráter religioso, mas sim cultural. Como país que mais fabrica bíblias e exporta para mais de 105 outros países de língua portuguesa, é uma possibilidade de divulgar a língua do país", justifica Marcel Alexandre."

Leiam a notícia completa no site d24am. Envie seu protesto para os veradores:


ademar.bandeira@cmm.am.gov.br, amauri.colares@cmm.am.gov.br, gloriacarrate@cmm.am.gov.br, cida.gurgel@cmm.am.gov.br, dr.denis@cmm.am.gov.br, drmodesto@cmm.am.gov.br, drmodesto@cmm.am.gov.br, eloi.abreu@cmm.am.gov.br, drgomes@cmm.am.gov.br, gilmarnascimento@cmm.am.gov.br, hissa.abrahao@cmm.am.gov.br, homeroleao@cmm.am.gov.br, isaactayah@cmm.am.gov.br, jaildo.rodoviarios@cmm.am.gov.br, jeferson.anjos@cmm.am.gov.br, joaquim.lucena@cmm.am.gov.br, leonelfeitoza@cmm.am.gov.br, mitoso@cmm.am.gov.br, carijo@cmm.am.gov.br, lucia_antony@cmm.am.gov.br, marcel.alexandre@cmm.am.gov.br, mirtes_sales@cmm.am.gov.br, mariobastos@cmm.am.gov.br, marise.mendes@cmm.am.gov.br, massamimiki@cmm.am.gov.br, mario.frota@cmm.am.gov.br, nelson.amazonas@cmm.am.gov.br, paulo_decarli@cmm.am.gov.br, paulonasser@cmm.am.gov.br, reizo.castelobranco@cmm.am.gov.br, roberto.sabino@cmm.am.gov.br, socorro.sampaio@cmm.am.gov.br, vilma.queiroz@cmm.am.gov.br, vitormonteiro@cmm.am.gov.br, waldemir.jose@cmm.am.gov.br, wilker.barreto@cmm.am.gov.br, wilton.lira@cmm.am.gov.br 


O email geral da câmara é camara@cmm.am.gov.br. Copie todos os endereços e cole na linha de cópia oculta do seu email (BCc ou Cco), para que o email pareça dirigido somente a um vereador.





quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Para padre, "falta de Deus faz aparecer a morte, o roubo, a mentira, a violência em toda sua plenitude"

O padre Roberto Francisco de Oliveira publicou hoje no site do Jornal da Manhã, de Uberaba (MG), o texto A dimensão religiosa é opcional?. Ali, à pergunta "Cultivar a dimensão religiosa é algo opcional ao ser humano?", ele responde:

"a abertura ao divino, a procura pelo divino, não pode ser encarada como um dado facultativo."

Ou seja, para o padre, independentemente do art. 5o da Constituição Federal, crer em deus é obrigatório. Mas ele continua:

"O homem somente se realiza enquanto homem quando desenvolve a sua dimensão religiosa. Cheio de Deus, o homem se torna mais homem. Torna-se verdadeiro homem. Consequentemente, a humanidade alheia a Deus não é humanidade. Quando muito pode ser considerada uma humanidade pela metade, deformada."


Para o autor, os ateus não se realizam enquanto homens: são menos homens, não são verdadeiros homens - e portanto seriam... pseudo-homens? Falsos homens? Somos homens pela metade, ou nem humanos somos.

E como não poderia deixar de ser, ele nos associa a todo tipo de mal e violência:

"A ausência do divino converte pessoas em espectros, em zumbis capazes de negar o ser. A falta de Deus faz aparecer a morte, o roubo, a mentira, a violência em toda sua plenitude. O dinheiro transmuta-se em ídolo e a ambição em mola propulsora do agir. Cai por terra o sentido da vida, os ideais elevados, o despojamento materialista."


Mandem suas mensagens hoje para o jornal através do formulário na própria página do texto, ou dos emails jmonline@jmonline.com.br e redacao@jmonline.com.br.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Câmara de Montes Claros viola laicidade e destila preconceito contra sem-religião

Excepcionalmente, não será preciso deizer nada aqui. Leiam o post do Conscienciablog, que tem inclusive as formas de contato, e enviem seus protestos!

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Ateus não deveriam existir

Em geral, este blog não publica comentários postados por visitantes em páginas da internet, mas vamos abrir uma exceção. Eis o comentário postado pelo usuário giseleh100 do Youtube:

jamais isso vai virar seita pq Deus ñ vai permitir essa discrepância,Quem ñ acredita em Deus é uma pessoa q nem deveria existir, mas Deus é tao misericordioso q permite q essas pessoas vivam,dando tempo a elas para se arrepender,mas Deus tambem é juiz ele vai julgar a cada um segundo suas Obras.
E tem mais:

Absurdo? Essa Coisa chamada Deus!! Definitivamente Ateu é Um Individuo de pequena capacidade Mental,ñ entende mistérios da existencia de Deus,

Precisa dizer alguma coisa? Protestem veementemente!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Um printscreen apagado


Como a autora resolvei apagar, achei melhor eternizar seu momento de sabedoria.

domingo, 1 de maio de 2011

Exatamente: Porque os americanos ainda não gostam dos ateus?

Exatamente: Porque os americanos ainda não gostam dos ateus?: "O artigo é uma tradução do que foi publicado dia 29/04/11 no The Washington Post por Gregory Paul e Phil Zuckerman. Dá uma idéia de como é o pensamento geral sobre os ateus nos Estados Unidos e, consequentemente, de como deve ser aqui, no maior país católico do mundo. "

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Música evangélica pede: chute seu namorado ateu

O que você, ateu, faria se descobrisse que a pessoa que você ama é cristã, judia, ou tem outra religião qualquer? Terminaria imediatamente o relacionamento e ainda recomendaria a mesma atitude a todos que se encontram na mesma situação? Na situação inversa, é exatamente isso que fariam os integrantes da banda gospel Metal Nobre. Confira a letra da música Não tem que ser assim, atualmente a segunda mais popular do grupo no site Vagalume:


Toda minha vida eu te entreguei meu coração
por você orei, paguei o preço, e agora você diz não
que não quer seguir comigo adorando a Deus
e só agora descobriu que isso não está nos planos teus
você não faz idéia quanto tempo eu estive a procura
alguém com quem pudesse dividir esse meu caminhar
te peço que se ligue apenas uma vez em tudo que eu vou dizer
sei vai ser difícil você entender, mas assim não pode ser
meu amor, não, não me queira mal
amar a Deus sobre tudo para mim e essencial
vou dizer, não tem que ser assim
mas se Deus não serve pra você você Não serve pra mim
e se preciso for eu esqueço seus olhos dou um beijo de adeus e vou
(solo)
e se preciso for eu esqueço seus olhos dou um beijo de adeus e vou
meu amor, não, não me queira mal
amar a Deus sobre tudo para mim e essencial
vou dizer, não tem que ser assim
mas se Deus não serve pra você
mas se Deus não serve pra você
mas se Deus não serve pra você
você não serve pra mim
te dou um beijo de adeus e vou
Eles não parecem ter contrato com uma gravadora, que seria o canal mais adequado de protesto. Os interessados podem mandar seus comentários à banda pelo twitter, myspace ou no youtube. Se alguém achar que vale a pena gastar dinheiro com isso, os telefones de contato são

JT - (61) 3042 6420 / 8222 1513 [TIM]
HIRION - (61) 8218 3222 [TIM]

terça-feira, 26 de abril de 2011

Datena: "quem acredita em deus jamais faz uma coisa dessas"

No programa Brasil Urgente de 7 de abril, Datena falou sobre o caráter religioso da carta de Wellington Menezes, o atirador do massacre do Realengo. É claro que ele afirmou que

"O sujeito era um maluco, um xarope de amarrar com corrente, não tem nada a ver com religião. Jamais. Mesmo porque quem acredita em deus jamais faz uma coisa dessa daí, tendeu? Nao tem nada a ver com religião, o cara era um maluco. Maluco completo." (Veja o vídeo aqui)

Precisa dizer alguma coisa? Deixe sua opinião em http://www.band.com.br/brasilurgente/videos.asp.

sábado, 16 de abril de 2011

Sir Anthony Hopkins sai e volta para o armário

Um dos sintomas mais claros do preconceito e da discriminação que sofrem ateus e agnósticos é a necessidade que muitos de nós sentem de esconder suas opiniões, e muitas vezes até de mentir sobre elas. O que pode estar em jogo? Sua família, seus amigos, seu casamento, sua carreira...

Que muitos ateus estão no armário não é novidade. Mas é particularmente triste quando um indivíduo que era publicamente descrente de uma hora para outra não apenas se diz religioso mas até inventa um passado de religiosidade para criar uma história mais autêntica. Esse parece ser o caso de Sir Anthony Hopkins. Até alguns meses atrás, ele se posicionava como um agnóstico ferrenho, rejeitando o ateísmo forte ("I couldn’t live with that certainty") e advogando a ideia de que a dúvida é inescapável, como deixam bem claro algumas de suas declarações feitas em entrevista à CNN:

"I know atheists, brilliant atheists. I enjoy reading Christopher Hitchens, I’ll examine everything. But, what I enjoy is uncertainty. There’s lines in this movie where I say, ‘Cherish your doubts because there God is hiding.’ I don’t know. You don’t know. None of us know."
 
"I made a point in The Rite, I was saying to the young priest, ‘So what do you believe in? The truth? Oh, yes, the truth. Look where that got us. Hitler, Stalin – they know the truth.’"

As declarações surgiram a propósito do seu último filme, O Ritual, em que ele interpreta um padre que encontra um seminarista mais cético relutantemente frequentando um curso de exorcismo. Como é comum nos casos de filmes com apelo religioso, a imprensa (e talvez os produtores do filme) tem interese em explorar as crenças pessoais dos atores, esperando-se em geral que eles não sejam "do contra" e ajudem a promover como realidade a fantasia do filme - um pouco como um mágico que nunca sai do papel e afirma mesmo fora do palco que suas ilusões são "pra valer".
 
Hopkins deu algumas declarações claras, afirmando que não se considerava crente nem ateu ("agnóstico, talvez"). Mas logo surgiram outras mais ambíguas ("Acho que agora acredito não em um deus pessoal interessado em meus assuntos, mas em um deus do universal, em uma mente divina universal. É um mistério, por isso mantenho uma mente aberta a tudo isso. Acredito em algo muito maior do que eu, um poder maior. Posso chamá-lo Deus, como posso chamá-lo de qualquer outro nome"), em que ele afirma crer no deus de Einstein e Spinoza (""But everything is God. Everything is particle physics. I've read everything I can. I started reading Charles Darwin's 'The Origin of the Species' . I believe in a God that Einstein believed in, a sort of Spinoza kind of interpretation"), uma "divindade" impessoal, ausente, que é a própria natureza, nada faz e não escuta nem se importa com os humanos - o que nos faz perguntar por que chamá-la de divindade. O "deus" de Spinoza é sem dúvida a última parada dentro do teísmo antes de chegar ao ateísmo. Ou a primeira parada para quem faz o caminho contrário. 
 
O curioso é que a descrença de Hopkins levou-o a interferir nas falas do filme, com a permissão do diretor, o que ele comenta com um inconfundivel tom ateísta:
"Queria dar outra dimensão. É um sacerdote que perdeu sua fé. Disse (a Hafstrom) que eu gostaria de acrescentar algumas linhas, e (nelas) digo que há dias nos quais não sei no que acredito, se em Deus ou em Papai Noel"
Para deixar bem claro: o ator incluiu no filme uma fala em que o padre que ele interpreta afirma ter dúvidas sobre a crença em deus, e afirmou que o fez porque sua posição pessoal é a de dúvida. Sua declaração pode ser lida no original aqui. Também há uma interessante reportagem sobre o caso no blog paulopes. No entanto, subitamente Hopkins passou de alguém que não apenas não acredita mas condena as certezas e dogmas ("I think it is dangerous. Certainty is responsible for some of the most awful terrors in the world.") a um devoto cristão, por ter sido tirado do alcoolismo.


Para azar de Hopkins, em 31 de janeiro o importante jornal britânico The Telegraph já havia publicado uma entrevista sua em que ele conta que superou o alcoolismo sozinho:

“When I first came to LA in the Seventies,” Hopkins admits, “I was drinking up a storm. Everyone else was doing drugs. But one day I just thought: ‘This is it. No more booze.’ I’d had a couple of warnings. People told me: ‘ You’ve got a nice career ahead of you, you should clean yourself up.’ But I didn’t do it for the work. I did it for me.” 
Talvez porque suas declarações não foram bem aceitas nos Estados Unidos (onde ele se naturalizou), ou por pressão dos estúdios, ou simplesmente por ganância, no dia 7 de fevereiro essa história mudou radicalmente e, na mesma entrevista a Piers Morgan, da CNN, em que ele firmou sua ausência de crença, ficou assim:


HOPKINS: No, I can't have a cynicism. And I used to be an atheist. I was an agnostic for many years.

MORGAN: What changed? What changed?

HOPKINS: Oh, something, a crisis in my life, some 35 years ago, and I was hell bent on destruction. And I just asked for a little bit of help, and suddenly, pow. It was just like, bingo.

MORGAN: So it's a fact that you, in that moment, as an atheist, you decided to pray to God, did you?

HOPKINS: Oh, I - I did. I was here in New York at the time and I was in desperate straights. I was drinking - couldn't stop. Couldn't stop. And I was - it was like being possessed by a demon, an addiction, and I couldn't stop. And millions of people around like that. I could not stop.

There's no way I could get it, and I suddenly, in Los Angeles, I made that quantum leap when I asked for help. I just found something and a woman talked to me and she said, just trust in God. And I said, well, why not? And was such a quantum leap from this to that.

MORGAN: And did you - did you literally pray? Did you go to a church or the -

HOPKINS: No, I - no, I didn't. I think because I asked for help, which is a form of prayer. Because you - if the ego - if I say, well, I can do it on my own. I can do anything on my own. I can conquer anything. That's nonsense. I can't conquer anything. I don't know you - I don't -

This guy says in the film, I say, I'm weak. I am powerless. I have no power. And I don't know anything. The priest says that's humility.

And I knew a psychiatrist in London who was a priest and I went to him to - I'm looking for guidance once, not therapy, and he said why do you want to become a Catholic. I said, I just need a center in my life. He said, well, think very carefully before you do that. It's a big deal.

He said what is the problem? I said I just feel a bit lost. He said, well, join the human race. And he told me about his own loss of faith, and not being a theologian myself, I thought - I said, what's it like? He said, it's hell. He said but you'll find your way back or you destroy yourself.

Vejam as palavras exatas de Hopkins, minutos antes, sobre sua descrença:

(BEGIN VIDEO CLIP)

HOPKINS: We're always looking for proof, certainty. The question is what on earth would do we do if we found it?

COLIN O'DONOGHUE, ACTOR: You?

HOPKINS: Oh, yes. At times I experience a total loss of faith, days, months when I don't know what the hell I believe in, God or the devil, Santa Claus or Tinkerbell. Yet there's something that keeps digging and scraping away inside me. It feels like God's fingernail. And, finally, I can take no more of the pain and I get shoved out from the darkness back into the light.

(END VIDEO CLIP)

MORGAN: How much of that is - is you?

HOPKINS: It's all me.

MORGAN: That's what I thought. You put that in there, didn't you?

HOPKINS: Yes.

MORGAN: And is that - and is that because you actually - that's really what you believe yourself?

HOPKINS: That's what I believe in. Well, I have e-mail correspondence with the director from - he lives in England and I live in California. And I said I wanted to give a dimension to this. He is in a lot of conflict himself.

And I said I'd like to add the line atheist, whatever the line is, about skeptics and atheists, how we obviously have a problem, and the young priest says, "You?" I say, "Oh, yes. Every day, many times I lose my faith." And I guess I have an open idea about it all.

MORGAN: Do you believe in God?

HOPKINS: Yes, I do. I do. I'm not an atheist. I don't know what it is. None of us do.

Everything is God. Everything is particle physics. I've read everything I can. I started reading Charles Darwin's "The Origin of the Species" and -

MORGAN: What do you don't like? You don't like absolutism, do you?

HOPKINS: No. No.

MORGAN: You don't - you don't like the sense of somebody being in the right, which tends to be the pretext of - most certainly on the more extreme ends of almost every religions is that they're fundamentally correct.

You don't like that. You think that's dangerous?

HOPKINS: I think it is dangerous. Certainty is one of the most awful terrors of - in the world because people were certain, "I know the truth." I - I made a point in the film, I was saying to the young priest, I said, so what do you believe in? The truth? Oh, yes, the truth. Look where that got us. Hitler, Stalin - they know the truth.

And I know atheists, brilliant atheists. I enjoy reading Christopher Hitchens and - and I'll examine everything. But, what I enjoy is uncertainty.

There's lines in this where I say cherish your doubts because there God is hiding. I don't know. You don't know. You're - you're a good Catholic, I'm sure.

 Sem querer, ele escorrega usa a primeira pessoa do plural ("we") para falar de céticos e ateus. Notem: minutos antes ele tinha advogado a descrença, depois o "deus" impessoal de Spinoza e por fim um deus que escuta orações e cura alcoólatras, ao mesmo tempo que nega ser ateu. Será que Hopkins estava confuso sobre o seu passado e sobre suas crenças ou será que ele simplesmente quis criar uma história bonita aos olhos dos crentes, incluindo ainda uma suposta semelhança com possessão? O que é mais provável?